sexta-feira, 25 de julho de 2008

O nosso amor morreu...
Quem o diria!
Quem o pensara mesmo ao ver-me tonta,
Ceguinha de te ver, sem ver a conta,
Do tempo que passava, que fugia!
Bem estava a sentir que ele morria...
E outro clarão, ao longe já desponta!
Um engano que morreu...e logo aponta.
A luz doutra miragem fugidia...
Eu bem sei, meu amor, que pra viver
São precisos amores, pra morrer,
E são precisos sonhos para partir.
Eu bem sei, meu amor, que era precisofazer do amor que parte o claro riso
De outro amor impossível que há-de vir.
Autor: Florbela Espanca

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